segunda-feira, 20 de abril de 2015

ALISAMENTO COM GUANIDINA

A guanidina, ou hidróxido de guanidina, é, na verdade, uma mistura de carbonato de guanidina com hidróxido de cálcio. Ressalte-se que essa mistura não vem pronta e deve ser feita pelo cabeleireiro, que deve ter muito conhecimento sobre a guanidina, vez que se for colocado uma quantidade maior de cálcio o cabelo pode ressecar e quebrar.

Sua ação é mais potente que a do tioglicolato AMONIA, mas menos potente que o hidróxido de sódio e o hidróxido de lítio. Além disso, o alisamento feito com a guanidina é mais lento, vez que ela contém moléculas maiores.

 O resultado obtido vai desde cachos mais soltos até um alisamento total, sendo indicada para cabelos crespos, grossos e afro, quer sejam virgens ou já submetidos a guanidina.

O Hidróxido de Guanidina leva de 2 a 3 horas para agir. O poder de alisamento é maior, porém sensibiliza mais os fios. Exige experiência na aplicação e deve ser realizada por profissionais. É o mais indicado para fazer a pinte entre uma base química e outra. É compatível com colorações de baixa volumagem, caso os fios não estejam porosos e tenham condições de receber o alisante.

Como possui um pH alto, em torno de 12, 13, não é recomendado  a utilização de produtos com amônia, vez que a amônia aumenta ainda mais o pH. Para quem usa guanidina e quer colorir os fios, o indicado são as tinturas sem amônia, que não interferem no interior do fio ou as que possuem oxidante ( água oxigenada) de até 20 volumes, que danifica menos a fibra capilar.

Entre os hidróxidos, a guanidina é o mais usado e conhecido e também, alcalino.  Não necessita de neutralização, pelo fato de que, ela rompe algumas cadeias de ligações dos fios e as modifica, tornando-se, neste caso, desnecessário a neutralização.

Alguns cabeleireiros dizem que o cabelo com guanidina pode sim receber tintura e mechas, desde que o cabelo esteja absolutamente saudável e que “passe” no teste da mecha, que é o que determina se o cabelo pode ou não receber determinada química. 

O importante aqui é saber que a guanidina NÃO é compatível com o tioglicolato e com o hidróxido de sódio, portanto, muito cuidado ao mudar as bases alisantes! Cabelo com progressiva e formol  não deve receber guanidina, pois pode sobrecarregar o fio e gerar a quebra e o maldito corte químico.

Caso o cabelo fique opaco,  a culpa é do pouco enxágue, pois a  guanidina deve passar por um processo de enxágue em abundância para que não fiquem resíduos de carbonato de cálcio, que age endurecendo os fios.


Minha Dica: Uma boa opção para os cabelos mais volumosos e rebeldes seria o relaxamento tradicional com sódio ou guanidina. Esses produtos proporcionam um efeito liso permanente que facilita muito o dia a dia, mas são mais indicados para cabelos excessivamente cacheados, muito volumosos e que acabam ficando muito danificados se escovados e pranchados com muita freqüência, pois por sua própria estrutura, exige muito estiramento do fio durante a secagem com a escova para que ele permaneça alinhado. 

Deve-se avaliar e verificar antes de submeter os cabelos a qualquer alisamento: densidade (quantidade de cabelo por cm2); elasticidade (resistência); porosidade (ressecamento); textura (médio, fino oi grosso) e condição do couro cabeludo (sem lesões).

Se caso o cabelos não passar no teste de mecha (quebradiço), não deve receber química. O certo é fazer hidratações e tempos depois fazer outro teste.

Nenhum comentário:

Postar um comentário