A guanidina, ou hidróxido de guanidina, é, na verdade, uma mistura de
carbonato de guanidina com hidróxido de cálcio. Ressalte-se que essa mistura
não vem pronta e deve ser feita pelo cabeleireiro, que deve ter
muito conhecimento sobre a guanidina, vez que se for colocado uma
quantidade maior de cálcio o cabelo pode ressecar e quebrar.
Sua ação é mais potente que a do tioglicolato AMONIA, mas menos potente
que o hidróxido de sódio e o hidróxido de lítio. Além disso,
o alisamento feito com a guanidina é mais lento, vez que ela contém
moléculas maiores.
O resultado obtido vai desde cachos mais soltos até
um alisamento total, sendo indicada para cabelos crespos, grossos e afro,
quer sejam virgens ou já submetidos a guanidina.
O Hidróxido de Guanidina leva de 2 a 3 horas para agir. O poder de
alisamento é maior, porém sensibiliza mais os fios. Exige experiência na
aplicação e deve ser realizada por profissionais. É o mais indicado para fazer
a pinte entre uma base química e outra. É compatível com colorações de baixa
volumagem, caso os fios não estejam porosos e tenham condições de receber o
alisante.
Como possui um pH alto, em torno de 12, 13, não é recomendado a
utilização de produtos com amônia, vez que a amônia aumenta ainda mais o pH.
Para quem usa guanidina e quer colorir os fios, o indicado são as tinturas sem
amônia, que não interferem no interior do fio ou as que possuem oxidante ( água
oxigenada) de até 20 volumes, que danifica menos a fibra capilar.
Entre os hidróxidos, a guanidina é o mais usado e conhecido e também,
alcalino. Não necessita de neutralização, pelo fato de que, ela rompe
algumas cadeias de ligações dos fios e as modifica, tornando-se, neste caso,
desnecessário a neutralização.
Alguns cabeleireiros dizem que o cabelo com guanidina pode sim
receber tintura e mechas, desde que o cabelo esteja absolutamente saudável e
que “passe” no teste da mecha, que é o que determina se o cabelo pode ou não
receber determinada química.
O importante aqui é
saber que a guanidina NÃO é
compatível com o tioglicolato e com o hidróxido de sódio, portanto, muito
cuidado ao mudar as bases alisantes! Cabelo
com progressiva e formol não deve receber guanidina, pois
pode sobrecarregar o fio e gerar a quebra e o maldito corte químico.
Caso o cabelo fique opaco, a culpa é do pouco enxágue, pois a
guanidina deve passar por um processo de enxágue em abundância para que
não fiquem resíduos de carbonato de cálcio, que age endurecendo os fios.
Minha Dica: Uma boa opção para os cabelos mais volumosos e rebeldes seria o
relaxamento tradicional com sódio ou guanidina. Esses produtos proporcionam um
efeito liso permanente que facilita muito o dia a dia, mas são mais
indicados para cabelos excessivamente cacheados, muito volumosos e que
acabam ficando muito danificados se escovados e pranchados com muita
freqüência, pois por sua própria estrutura, exige muito estiramento do fio
durante a secagem com a escova para que ele permaneça alinhado.
Deve-se avaliar e verificar antes de submeter os cabelos a qualquer
alisamento: densidade (quantidade de cabelo por cm2); elasticidade
(resistência); porosidade (ressecamento); textura (médio, fino oi grosso) e condição
do couro cabeludo (sem lesões).
Se caso o cabelos não passar no teste de mecha (quebradiço), não deve
receber química. O certo é fazer hidratações e tempos depois fazer outro teste.
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