O melasma ou cloasma é uma
pigmentação da pele de cor acastanhada que acontece principalmente no rosto, em
mulheres após os 25 anos.
Apesar de estar bastante relacionado
com a gravidez ou uso de hormônios (anticoncepcional, terapia de reposição
hormonal na menopausa), muitas vezes encontramos pessoas que não passaram por
tal circunstancias e mesmo assim desenvolveram melasma. Apesar de ser bem mais
raro, podemos também ver indivíduos do sexo masculino com esse problema.
São múltiplos os fatores que
contribuem para o melasma:
1 – Predisposição individual: pode
ser familiar ou racial, sendo melasma mais frequentes em pessoas mais morenas
ou pardas.
2 – Situações de alteração
hormonal: sabe-se que estrogênios e progestágenos estimulam a produção de
melanina (o pigmento castanho), apesar de não conhecer ainda precisamente o
mecanismo de ação. Na gravidez ocorre um estimulo geral da pigmentação, seja no
rosto (de 50 a 70% das mulheres), nas aréolas ou na linha que une o umbigo ao
púbis.
Com o uso de anticoncepcionais ou reposição
hormonal para menopausa de 5 a 30% de mulheres com esse problema.
3 -
Uso de cosméticos inadequados: Produtos que tenham derivados de petróleo
ou substâncias fotossensibilizantes
podem estar relacionadas com o quadro de melasma.
4 – Exposição solar: É com certeza
um dos fatores mais importantes no desenvolvimento do melasma, pois os raios
ultravioletas estimulam a atividade dos melanócitos (células responsáveis pela
produção da melanina). Algumas mulheres referem o aparecimentos repentino das manchas
(após o verão fatidico) e outras contam um aparecimentos mais gradual depois de
repetidas exposições.
O melasma pode ser sutil ou intenso
e pode acometer a fronte (TESTA) as
regiões malares, bochechas, dorso do nariz, região supralabial (muitas vezes
parecendo “bigode” e mento (queixo). PODE SER LOCALIZADO OU EXTENSO, PARECENDO
UMA MASCÁRA.
A RESPOSTA AO TRATAMENTO VAI
DEPENDER PRINCIPALMENTE SE O MELASMA É EPIDERMICO (MAIS SUPERFICIAL) dérmico (mais
profundo) OU MISTO. O DERMATOLOGISTA ESPECIALISTA É CAPAZ DE CLASSIFICÁ-LO COM
UM INSTRUMENTOS ESPECIAL CHAMADO LUZ DE Wood.
Quanto maior o componente
superficial, melhor a resposta ao tratamento
e mais fácil a manutenção.
Infelizmente, ainda não existe
cura definitiva para o melasma, mas sim controle, pois ainda não existe método
nenhum que remova 100% do pigmento da pele.
Em relação a tratamento tudo deve
começar com o uso de um filtro solar com fator de proteção alto, de preferencia
50 ou 60, que filtrem os raios UVA com UVB.
O uso deve ser diário. Além disso,
já existem os chamados fotoprotetores orais, que aumentam muito a proteção
contra os raios ultravioletas e são associados aos filtros tópicos. Além da
proteção solar, é possível abrir mãos de fórmulas com ácidos (glicólico,
retinoico) e agentes clareadores, tais como hidroquinona, o mequinol, o
arbutin, o ácido kógico, o ácido fítico, o ácido azelaico e a vitamina C. Essas
fórmulas devem ser prescritas pelo dermatologista.
O tratamento pode se arrastar por
vários meses e é importantíssimo o uso do protetor solar, pois um dia de sol
sem proteção pode ser suficiente para estragar meses de tratamento!
Em relação a procedimentos de
consultório, podem ser realizados os chamados peelings químicos e também o
peeling de cristal (microdermoabrasão) associado ao químico. SUPER DICA: Peeling de Cristal da Mary Kay, confira: www.aflorebeleza.com.br
Podem ser feitos alguns
tipos de laser, como fracionado e , mais recentemente, com resultados bastante
animadores, o laser ND YAG Q-switched, como o Revlite.
Para manchas tipo sardas ou
melanoses de sol, o Revlite também é uma excelente alternativa, além do uso
clássico da Luz Intensa Pulsada, com resultados incríveis.
Por Silvia Zimbres
(Dermatologista)