domingo, 24 de novembro de 2013

Bigode? Manchas no rosto? Pode ser melasma.

MOMENTOS SAÚDE: MELASMA



O melasma ou cloasma é uma pigmentação da pele de cor acastanhada que acontece principalmente no rosto, em mulheres após os 25 anos.

Apesar de estar bastante relacionado com a gravidez ou uso de hormônios (anticoncepcional, terapia de reposição hormonal na menopausa), muitas vezes encontramos pessoas que não passaram por tal circunstancias e mesmo assim desenvolveram melasma. Apesar de ser bem mais raro, podemos também ver indivíduos do sexo masculino com esse problema.

São múltiplos os fatores que contribuem para o melasma:

1 – Predisposição individual: pode ser familiar ou racial, sendo melasma mais frequentes em pessoas mais morenas ou pardas.

2 – Situações de alteração hormonal: sabe-se que estrogênios e progestágenos estimulam a produção de melanina (o pigmento castanho), apesar de não conhecer ainda precisamente o mecanismo de ação. Na gravidez ocorre um estimulo geral da pigmentação, seja no rosto (de 50 a 70% das mulheres), nas aréolas ou na linha que une o umbigo ao púbis.

Com o uso de anticoncepcionais ou reposição hormonal para menopausa de 5 a 30% de mulheres com esse problema.

3 -  Uso de cosméticos inadequados: Produtos que tenham derivados de petróleo ou substâncias fotossensibilizantes  podem estar relacionadas com o quadro de melasma.

4 – Exposição solar: É com certeza um dos fatores mais importantes no desenvolvimento do melasma, pois os raios ultravioletas estimulam a atividade dos melanócitos (células responsáveis pela produção da melanina). Algumas mulheres referem o aparecimentos repentino das manchas (após o verão fatidico) e outras contam um aparecimentos mais gradual depois de repetidas exposições.

O melasma pode ser sutil ou intenso e pode acometer a fronte (TESTA)  as regiões malares, bochechas, dorso do nariz, região supralabial (muitas vezes parecendo “bigode” e mento (queixo). PODE SER LOCALIZADO OU EXTENSO, PARECENDO UMA MASCÁRA.

A RESPOSTA AO TRATAMENTO VAI DEPENDER PRINCIPALMENTE SE O MELASMA É EPIDERMICO (MAIS SUPERFICIAL) dérmico (mais profundo) OU MISTO. O DERMATOLOGISTA ESPECIALISTA É CAPAZ DE CLASSIFICÁ-LO COM UM INSTRUMENTOS ESPECIAL CHAMADO LUZ DE Wood.

Quanto maior o componente superficial, melhor a resposta ao tratamento  e mais fácil a manutenção.

Infelizmente, ainda não existe cura definitiva para o melasma, mas sim controle, pois ainda não existe método nenhum que remova 100% do pigmento da pele.

Em relação a tratamento tudo deve começar com o uso de um filtro solar com fator de proteção alto, de preferencia 50 ou 60, que filtrem os raios UVA com UVB.
O uso deve ser diário. Além disso, já existem os chamados fotoprotetores orais, que aumentam muito a proteção contra os raios ultravioletas e são associados aos filtros tópicos. Além da proteção solar, é possível abrir mãos de fórmulas com ácidos (glicólico, retinoico) e agentes clareadores, tais como hidroquinona, o mequinol, o arbutin, o ácido kógico, o ácido fítico, o ácido azelaico e a vitamina C. Essas fórmulas devem ser prescritas pelo dermatologista.

O tratamento pode se arrastar por vários meses e é importantíssimo o uso do protetor solar, pois um dia de sol sem proteção pode ser suficiente para estragar meses de tratamento!

Em relação a procedimentos de consultório, podem ser realizados os chamados peelings químicos e também o peeling de cristal (microdermoabrasão) associado ao químico. SUPER DICA: Peeling de Cristal da Mary Kay, confira: www.aflorebeleza.com.br

Podem ser feitos alguns tipos de laser, como fracionado e , mais recentemente, com resultados bastante animadores, o laser ND YAG Q-switched, como o Revlite.
Para manchas tipo sardas ou melanoses de sol, o Revlite também é uma excelente alternativa, além do uso clássico da Luz Intensa Pulsada, com resultados incríveis.


Por Silvia Zimbres (Dermatologista)

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